Para qualquer apreciador de vinho que já tenha participado em alguma prova ou até visitado uma feira de vinhos, ver alguém a cuspir o vinho que põe à boca não é algo desconhecido.

De facto, não é algo muito elegante (alguns até o acham “nojento”) mas a verdade é que não é por acaso.

Porque é que esta é uma prática comum em degustações?

Esta prática deve-se basicamente ao facto de o vinho ter teor alcoólico.

Num contexto em que a pessoa pode ter à prova dez, vinte, ou até mais vinhos, ingeri-los poderia levar a “indisposições”. Mesmo que se tratem pequenos travos em cada vinho e que o provador não ficasse “com os copos”, a sua concentração e os seus sentidos seriam com certeza afectados, em especial o olfacto e o paladar.

É possível apreciar e analisar um vinho sem, de facto, o beber?

Na verdade, o facto de não engolir o vinho não retira qualidade à análise, antes pelo contrário. Isto é, nenhuma das sensações necessárias à análise de um vinho acontece depois de ingerir o néctar.

A análise sensorial é feita pela visão, pelo olfacto e pelo paladar. Desta forma, os momentos chave durante a prova acontecem desde que o vinho é servido no copo até ao momento em que o sentimos na boca!

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