Regiões de vinho portuguesas
Porto e Douro

Um pouco de história

É a mais antiga região demarcada do mundo – formalmente a dar muito litro desde 1756. São muitos anos. Apesar do título desta secção, na realidade, quando falamos do Douro estamos falar de muita história. O filho pródigo da região, o Vinho do Porto, é tratado pelo nome próprio em qualquer parte do mundo e foi várias vezes visto à mesa de reis, nos cocktails de artistas, ou em filmes do James Bond.

Como todos os famosos, é admirado por uns, invejado por outros, imitado por muitos, e existem hoje produtores internacionais apostados em reproduzir o carácter deste vinho. Com pouco sucesso, no que respeita aos grandes Portos.

Não bastariam as mesmas uvas, nem os mesmos processos, para replicar o nosso Porto; seria preciso trasladar o rio e as encostas que são Património da Humanidade. E isso, convenhamos, mesmo para um grande produtor australiano, seria um enorme transtorno.

E ainda bem: o Porto deve estar no Douro, cercando o rio tão bonito que encontra o mar na cidade que lhe deu nome: o Porto. O Porto deve passar pelas caves que vemos das janelas do nosso escritório.

O que esperar do Douro?

Alguns dos melhores vinhos do mundo. Pelo menos, é isso que nos dizia a Wine Spectator no final de 2014, ao eleger 3 Vinhos do Douro para o seu Top 5, com um deles logo a encabeçar a lista. Dá que pensar.

Além do Vinho do Porto, no Douro produz-se algum do melhor vinho tranquilo português. É comum encontrarmos blends ricos e complexos, muito marcados por castas locais (como Touriga Nacional e Touriga Franca).

Além do vinho, a região do Douro Vinhateiro tem paisagens de cortar a respiração e uma gastronomia de alargar o coração. Por isso, a pé, de automóvel, de barco ou de bicicleta – não interessa: se ainda não conhece, ponha-se a mexer.

Vinhos Tintos

Jovens: de cor rubi, com aromas a frutos vermelhos e notas florais e de madeira, têm corpo médio e adstringência equilibrada, isto é: não são pesados, nem deixam a língua com a sensação que um dióspiro lhe passou por cima. São vinhos honestos, que acompanham lindamente pizzas e massas, bacalhau e pratos de carne simples. Ganham em ser servidos entre os 13º e os 15º

Vinhos de guarda: de cor profunda, complexidade e intensidade aromática: uma alegria! É comum serem designados Reserva ou Grande Reserva e evoluem ao longo dos anos, ficando mais macios e subtis nos aromas. Os mais envelhecidos são recomendados para acompanhar pratos de caça. Devem ser servidos entre os 16º e os 18º, por isso não hesite em arrefecê-los ligeiramente no frigorífico, se estiver mais quente em casa.

Castas comuns: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz (Aragonez), Tinta Barroca e Tinto Cão

Vinhos Brancos

Jovens: de cor clara, quase translúcida, são frescos, equilibrados e aromáticos, sendo habituais notas a citrinos. A sua leveza acompanha lindamente pratos de peixe e saladas, mas podem valer por si mesmos enquanto aperitivos. Temperatura aconselhada: 8º a 10º

Vinhos de guarda: é habitual fermentarem ou estagiarem em madeira, o que lhes empresta uma bela cor dourada e aromas tostados e de fruta tropical. É frequente serem designados Reserva e Grande Reserva. São vinhos cheios, persistentes, que dá gosto saborear – por isso não devemos matar o seu sabor com uma hora no congelador. Experimente servir a 12º e verá que retira mais partido da experiência!

Castas comuns: Malvasia Fina, Viosinho, Gouveio e Rabigato

Vinhos Rosé

Atraentes na cor, leves no sabor. Gosta de sushi? Gosta do caril típico da cozinha indiana? E de uma sopa vietnamita (pho)? Então experimente acompanhá-los com um destes vinhos rosados servido ligeiramente fresco (entre os 10º e os 12º). Ah, e não se esqueça de consumi-los ainda jovens!

Selo de Garantia

Cabe ao IVDP atribuir o selo de qualidade aos vinhos da região.

Fonte: IVV e CVR Douro.

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