A origem da empresa remonta a 1847, com a Família Colla a cultivar vinhas em Santo Stefano Belbo, no Piemonte, uma terra de grandes Moscato. Em 1913 nasce Paolo Colla em Diano d’Alba, zona de excelência para o Dolcetto. Já em 1961, Paolo realiza o sonho de produzir Barolo ao adquirir uma quinta em La Morra, criando vinhos reconhecidos pela sua elegância e longevidade.
Em 1972, a filha Marivanna casa com Gianni Gagliardo, jovem do Roero que rapidamente herda a paixão pelo vinho. Dois anos depois, em 1974, o engarrafamento torna-se profissional e, além do Barolo, Gianni introduz vinhos da sua terra, como o Arneis e a casta quase extinta Favorita, que decide recuperar.
Em 1978 inicia-se a produção de Moscato, uma tradição que a família Colla nunca tinha abandonado — chegavam até a cultivá-lo entre as vinhas de Barolo. Esse momento marca simbolicamente um regresso às origens, e a produção acabaria por dar origem à marca própria VillaM.
Em 1981, após o falecimento de Paolo Colla, Gianni assume a liderança da adega. Três anos depois, em 1984, surge o Gagliardo Brut, um dos primeiros espumantes de Método Clássico da região. Em 1986, a empresa passa a chamar-se oficialmente Gianni Gagliardo, adotando um novo símbolo: uma máscara em queda, que representa a profundidade do vinho e o seu poder de ligação humana, sob o lema “In Vino Veritas”.
Em 1988, num espírito inovador, Gianni introduz novas técnicas de adega, optando por toneis de 500 e 700 litros em vez das tradicionais barriques francesas, e amplia progressivamente a área de vinha.
Durante os anos 90, a empresa dedica-se ao estudo das castas locais como a Favorita e à vinificação das vinhas históricas da família. Em 1990, Alberto, o segundo filho de Gianni, junta-se ao projeto familiar e concentra-se no trabalho de campo, que assume em pleno em 1998. Nesse mesmo ano, após formação em Enologia, entra também o filho mais velho, Stefano, que traz uma nova visão e acompanha o início dos investimentos em novas terras para produção de Barolo.
Em 2003, começam as micro-vinificações dos Crus da empresa, estudando cuidadosamente cada subparcela para identificar as expressões mais puras de cada terroir e as melhores práticas de vinificação.
Em 2010, junta-se o terceiro filho, Paolo, licenciado em Agronomia, que depois de um percurso formativo dentro da empresa, assume a responsabilidade da área de enoturismo e hospitalidade.
A década seguinte marca uma nova maturidade para a empresa. Em 2013, saem os dois primeiros Barolo identificados como MeGA (Menzioni Geografiche Aggiuntive): o Lazzarito Vigna Preve e o Castelletto, ambos da colheita de 2013. No ano seguinte, em 2014, é retomado o uso de grandes tonéis, agora personalizados para cada Cru, otimizando vinificação e estágio.
Finalmente, em 2017, a família adquire a Tenuta Garetto em Agliano Terme, uma propriedade de 10 hectares no coração da zona de excelência para a Barbera e da recente denominação Nizza DOCG, expandindo a presença da empresa para mais uma grande denominação piemontesa.
“Cuidamos das nossas vinhas uma a uma, porque cada uma é diferente das outras. Fazemos selecções em massa a partir das plantas mais antigas e interessantes, a fim de preservar as impressões genéticas originais. Procuramos o equilíbrio na planta individual, que depois se torna o equilíbrio de toda a vinha, e depois do vinho que produzimos.