Quer experimentar rosé, mas não sabe como escolher, com que combinar ou como servir? Aqui encontra as respostas para todas as suas perguntas em relação a este tipo de vinho, algumas curiosidades e muito mais! Agora sim poderá impressionar qualquer um com o seu conhecimento sobre o vinho rosé!

O vinho rosé tem tido um grande aumento no seu consumo. Se há alguns anos era visto como fora de moda e grosseiro, nos dias de hoje é cada vez mais apreciado. Por exemplo, em França as vendas de vinho rosé já ultrapassaram as do vinho branco mais vendido.

Este vinho, conhecido pela sua cor rosada, tem um teor alcoólico baixo e um sabor mais adocicado. Não é pelo facto de ter uma aparência feminina que não é consumido pelo público masculino. De facto, este é um tipo de vinho considerado tanto masculino como sofisticado. Para além disso, é bastante apreciado e do agrado de muitos, também por causa do seu baixo nível de taninos.

Como produzir

O que dá cor a este vinho não são as uvas cor de rosa, mas sim o contacto que existe entre o sumo de uva e a sua casca, cuja cor se irá misturar com o sumo, incolor. Assim, para criar a perfeita tonalidade cor de rosa, os produtores apenas deixam a pele das uvas em contacto com o sumo por um período bastante pequeno, de dois a três dias.

Apesar de algumas pessoas acreditarem que se pode fazer rosé, misturando vinho tinto com branco, a criação deste vinho é um processo bem mais complexo. É neste campo que ele se compara ao vinho tinto, pela tonalidade mais quente e semelhante processo de criação. No entanto, o vinho rosé pode ser produzido utilizando outros processos, nomeadamente com recurso directo à prensa, através do método saignée, entre outros.

É importante entender que não existe uma relação directa entre a cor do rosé e o sabor. Muitas vezes, um rosé com uma tonalidade mais clara pode ter aromas e sabores mais complexos do que aqueles que são mais escuros.

 

A maior região produtora

A região de Provence, em França, produz muito mais vinho rosé do que outro vinho. Deste modo, é considerada uma das melhores produtoras. Devido ao seu grande tamanho, existe uma vasta qualidade de vinho e uma grande variedade de preços. Por esta razão, quando estiver a comprar rosé,tente pedir uma garrafa de Provence, pois é sempre melhor comprar este tipo de vinho em regiões que se dediquem à sua produção. Assim conseguirá que lhe seja assegurada a melhor qualidade-preço.

 

Os seus estilos

Existem vários estilos de rosé, de acordo com o seu sabor, aroma e uva a partir da qual são produzidos. Estes dividem-se, maioritariamente, em estilo seco, frutado e doce.

O estilo seco provém principalmente de uvas como Tempranillo, Syrah, Cabernet Sauvignon e Tavel (esta uva cria um tipo de rosé mais rico e mais “masculino”, pois tem bastantes características encontradas no vinho tinto, como por exemplo, o corpo, o alto teor alcoólico e a acidez baixa). As tonalidades deste estilo de vinho podem ir desde o rosa mais pálido e claro ao rosa mais escuro. Associados a estes tons estão, por um lado, os toques a melancia, morango e flores e, por outro, os toques a pimenta, cereja e azeitonas.

O estilo frutado pode provir de uvas como Sangiovese, Grenache e Pinot Noir, por exemplo. Quanto ao tom, ele é, normalmente, um vermelho rubi ou mais acobreado. O sabor apresenta toques de morango fresco, laranja, pêssego, mas também de rosas e pimenta. No entanto, o Pinot Noir rosé tem uma acidez maior e aromas subtis a melancia e framboesa.

O vinho proveniente de uvas Provence, mencionado anteriormente, tem também um estilo frutado, mas é mais magro. Poderá ter aromas a morango, melancia e pétalas de rosa. Outro vinho com um estilo frutado, mas com um toque floral, é o Mourvèdre rosé. Este apresenta um tom rosa coral, com aromas a ameixas vermelhas, cerejas e ervas.

O estilo doce está muitas vezes relacionado com as uvas Zinfandel Rosé. Este é, possivelmente, o tipo de rosé mais popular e mais consumido. Oferece sabores a morango, limão, melão e por vezes algodão doce. Tem uma acidez alta e é aconselhável servi-lo bastante frio.

 

Maridagem: doce VS seco

Para conjugar os vinhos rosés com um prato, é necessário ter em atenção o facto de eles poderem ser doces ou secos. Assim, e apesar de este tipo de vinho ser bastante versátil, os pratos a conjugar com rosés doces e secos irão ser diferentes.

Rosés doces funcionam com uma grande variedade de pratos. No entanto, são mais utilizados em pratos de cozinhas indiana, tailandesa ou mexicana, pois são pratos tipicamente mais picantes que “pedem” um pouco de doce.

Rosés secos são melhores quando combinados com pratos mais leves, como vegetais, peixes e frango grelhado. Também os pode conjugar com saladas, charcutaria e pequenos aperitivos.

No entanto, tenha em atenção que o vinho rosé, quer seco quer doce, não se conjuga bem com sobremesas, pois pelo facto de serem doces, podem tornar este vinho mais azedo e enfatizar o seu álcool.

 

Como servir

A melhor maneira de servir rosé é frio, a uma temperatura média de 10º C. É por esta razão que são vinhos perfeitos para o verão. Assim, é aconselhado colocá-lo no frigorífico após a compra. Se, por alguma razão, comprar o vinho no mesmo dia em que o pretende servir, pode sempre pô-lo no congelador para que esfrie mais rapidamente. Após ser servido, é aconselhado colocar a garrafa em cima da mesa para que esta “transpire”. À medida que a temperatura aumenta, o vinho terá aromas ligeiramente modificados, aromas esses bastante apreciados.

 

Dicas

Não é obrigatório beber rosé como vinho, ou seja, pode criar um cocktail com ele. Aliás, ele é ideal para fazer misturas, pelo facto de não ser muito caro quando comparado com outras bebidas e porque se conjuga bastante bem com todo o tipo de bebidas frutadas e gaseificadas. É apenas uma questão de pensar em que sabores gosta e combiná-los.

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