Esta semana comemorou-se o dia da Casta Tinta Carvalha, uma casta residual no encepamento, referenciada pela primeira vez em trabalhos publicados entre 1800 e 1850.

Na sua ficha varietal podemos ler que “Os mostos possuem um potencial alcoólico e acidez médios. Os vinhos têm uma intensidade de cor muito baixa (rosada). A análise sensorial revela um potencial de qualidade regular, com leve aroma a frutos vermelhos (groselha/ framboesa). A sua estrutura e potencial de envelhecimento são baixos.”

Embora tradicionalmente cultivada no Douro e no Dão, a casta Tinta Carvalha também se encontra no Alentejo.

E é lá que o enólogo António Maçanita produz o único vinho 100% desta casta em Portugal. Um vinho desconcertante, que demonstra o papel desta casta do antigo encepamento do Alentejo. Frescura e pureza.

Da Vinha “Chão dos Eremitas”, plantada em 1970, numa terra com 3000 anos de tradição vitivinícola, as uvas vão para a adega onde são selecionadas e vinificadas.

Após 12 meses de estágio em barricas neutras, nasce um vinho tinto regional alentejano de cor muito aberta, rubi, nariz intenso fresco, notas de fruto vermelho amargo, romã notas de grafite. Ataque tenso muito fino, elegante muita profundidade e tensão. Um tinto que mostra que o Alentejo pode ser outra coisa. Um tinto com boa acidez. Delicioso com peixes gordos e carnes de tacho.

Um brinde à Tinta Carvalha com o vinho tinto Chão dos Eremitas Tinta Carvalha, que pode encontrar aqui!

 

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