Van Zellers & Co
O ano vitícola de 2014/2015 caracterizou-se por ser um ano atípico em termos de clima, com um Inverno seco e frio e com uma Primavera e um Verão anormalmente quentes e secos. Em particular, a reduzida precipitação ao longo da maior parte do ciclo vegetativo e as altas temperaturas registadas entre Junho e Julho devem ser destacadas, pelo seu impacto na vinha e na maturação das uvas. Este padrão climatérico provocou um avanço do ciclo vegetativo de cerca de 1 a 2 semanas, em média. Em termos de saúde da videira, as doenças criptogramáticas (oidium e mildium) e as pragas de insetos não tiveram qualquer impacto significativo. Em comparação com os dados da década anterior, podemos considerar que 2015 foi o ano em que toda a produção apareceu em melhores condições de saúde. A maturação foi muito variável em toda a região, tendo em conta a localização das vinhas e/ou a disponibilidade de água. Nas vinhas menos expostas ao stress ou com maior disponibilidade de água, houve uma maturação mais precoce (cerca de 1 a 2 semanas) e a colheita começou em finais de Agosto/princípios de Setembro. Em vinhas de menor altitude ou mais expostas ao calor, a maturação ocorreu mais lentamente, forçando os produtores a esperar por melhores níveis álcoolicos e fenólicos. Contudo, a ocorrência de uma precipitação muito importante entre 15 e 16 de Setembro, acompanhada de temperaturas mais baixas, teve um impacto muito positivo tanto na produção como na qualidade, permitindo uma maturação que evoluiu gradualmente até à perfeição até ao final de Setembro/início de Outubro.
Este vinho é composto por mais de 25 castas diferentes tradicionais do Douro, predominantemente Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca, mas também Rufete, Tinta Amarela, Tinta Francisca, Sousão.
As uvas foram pisadas a pé, antes da fermentação, juntamente com 10% do total da aguardente vínica que é adicionada ao Vinho do Porto no final. Isto permitiu-nos macerar as uvas a temperaturas mais frias e durante um período mais longo antes da fermentação. Quando o mosto atinge o nível de açúcar residual desejado, a aguardente vínica é adicionada ao mosto para parar a fermentação. Um pouco mais de pisa garante uma boa homogeneização de todo o vinho e a fermentação é interrompida. A mistura de mosto e brandy permanece no lagar por mais dois dias, com uma ligeira pisa duas vezes por dia (10 minutos de cada vez). Após a transladação e prensagem, o Porto acabado de fazer é então envelhecido, entre 36 e 48 meses, em cascos de carvalho antigos, com uma capacidade entre 600 e 10.000 litros. Os vinhos foram depois envelhecidos em cascos de madeira muito antigos (com mais de 100 anos) e pequenas cubas de aço inoxidável até ao início de Agosto de 2019 até ao blend final.
O engarrafamento aconteceu em agosto 2019, em 2.133 garrafas de 750ml
Informação de alergénios
Contém sulfitos.
SKU: 106757