A Quinta da Anunciada Velha, um lugar templário em Tomar, é o resultado de vários capítulos ricos em História e estórias. Pela quinta passaram árabes, romanos, frades, marqueses, diplomatas e agricultores.
No séc XVI foi convento Capucho, época em que se construiu a torre manuelina que terá servido de oratório e no séc. XIX, na propriedade dos Marqueses de Tomar, surge a primeira vinha na Anunciada Velha e o primeiro rótulo.
Num período turbulento da sua vida, António Bernardo da Costa Cabral, 1º Marquês de Tomar, faz do Convento de Cristo, ali perto, a sua residência. A Marquesa de Tomar, Luísa Read, sua mulher, para ocupar o tempo, decidiu distrair-se a fazer vinho. Contratou um enólogo da Borgonha e plantou uns vinhedos na Quinta da Anunciada Velha. Consta que produziu excelente vinho. Na geração dos seus netos ainda se trocavam anualmente as rolhas das garrafas que sobravam do vinho da “avó marquesa” e que ela rotulara de “Château Thomar”.
Numa geração posterior, António Bernardo da Costa Cabral da Costa Macedo, diz que nesta terra templária, onde confluem forças telúricas não se devia mexer. Interpretações à parte e vicissitudes inerentes aos tempos que foram correndo, as vinhas continuaram. O seu filho Manuel Costa Macedo, a quem se fez o primeiro brinde com este vinho, continuou essa missão respeitando a terra e o que significa a Anunciada Velha. Partiu cedo demais, cabendo aos atuais proprietários fazer jus à terra e ao lugar.
É um projecto pequeno (1000 garrafas), e que se quer pequeno, mas mesmo assim importante para Teresa Júdice da Costa e Filipe Caldas de Vasconcellos (produtor com um projecto no Algarve, o Morgado do Quintão), atuais proprietários.