Regiões de vinho portuguesas
Vinhos Verdes

Um pouco de história

O lugar comum diz que Portugal é um jardim à beira-mar plantado – conhecendo o Verde Minho, como podemos dizer o contrário? Montes verdes voltados para o Atlântico, banhados de sol no Verão, banhados de chuva no Inverno, e sempre agitados por um persistente vento Norte.

O que esperar dos vinhos da Região dos Vinhos Verdes?

Há no canto atlântico da Península Ibérica vinhos únicos no mundo? Há, mas são Verdes.

Com baixo teor alcoólico e menos calorias, frutado e fácil de beber, no pico de um bom Verão o Vinho Verde é, na nossa opinião, obrigatório como centro de mesa numa esplanada solarenga, acompanhando saladas, peixe, marisco, sushi; ou acompanhando apenas uma conversa entre amigos.

Mas o talento do Vinho Verde não se esgota na sua leveza e frescura; a sua acidez e corpo, especialmente nos tintos, tem prestado bons serviços acompanhando os fortes pratos minhotos – um exemplo típico será o casamento entre uma Lampreia à Bordalesa e uma boa malga de Verde Tinto.

Vinhos Tintos

Usualmente ricos em cor, chegando a vermelho rubi muito carregado e vivo, coroados por espuma vermelha. Normalmente jovens, tendem a ser ácidos o que lhes empresta uma frescura particular – reforçada pela recomendação de serviço entre os 12º e os 15º. Acompanham muito bem pratos de carne, principalmente assados e grelhados. São pouco alcoólicos, devendo apresentar entre 8,5% e 11,5%.

Castas comuns: Alicante Bouschet, Baga, Doçal, Doce, Espadeiro Mole, Grand Noir, Labrusco, Mourisco, Pical, Sousão, Touriga Nacional, Trincadeira (sin. Tinta-Amarela), Verdelho Tinto e Verdial Tinto

Vinhos Brancos

Cada vez mais apreciado lá fora, o Vinho Verde Branco é frutado, de aroma subtil e menos ácido que o seu irmão tinto. Melhor apreciado entre os 8º e os 12º, é uma visita frequente à mesa nos meses quentes. Sendo certo que todos os Verdes Brancos tendem a apresentar cor citrina e ligeiramente dourada, o seu temperamento varia, sobretudo, quando estamos na presença de vinhos Alvarinho. Esta casta acrescenta um toque mais maduro ao Verde, bem como um pouco de força alcoólica (podem chegar aos 13,5º). Comum a todos os Verdes é a sua agulha, designação que os enófilos dão ao que nós humildemente chamamos gás ou bolhinhas mas que é, citando a CVR do Verde, o “ligeiro desprendimento gasoso, em pequenas pérolas amarradas às paredes do copo, que consiste, tradicionalmente, em gás carbónico libertado no processo natural de fermentação maloláctica”.

Castas comuns: Pintosa, Caínho, Cascal, Diagalves, Sercial (ou Esgana-Cão), Esganinho, Esganoso, Fernão Pires (ou Maria-Gomes), Folgasão, Godelho, Lameiro, Malvasia Fina, Malvasia Rei, São Mamede, Semilão e Tália (ou Douradinha)

Selo de Garantia

Cabe à CVR do Vinho Verde atribuir o selo de qualidade aos vinhos da região.

Fonte: CVR Verde, IVV e Wine of Portugal.

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